ALTERAÇÕES NAS DIRETRIZES INTERNACIONAIS DE RESSUSCITAÇÃO
Sílvia Regina Rios Vieira Janete Braunner Cristiano Augusto Franke Em Novembro de 2005 foram publicadas simultaneamente as diretrizes de ressuscitação do conselho Europeu de Ressuscitação (ERC) e da Associação Americana do Coração (AHA). Estas diretrizes foram embasadas no consenso do Comitê Internacional de Ressuscitação; reunido com a presença de representantes de todos os continentes em Janeiro de 2005. O acesso aos documentos na íntegra pode ser realizado acessando-se os seguintes endereços eletrônicos: http://circ.ahajournals.org/content/vol112/22_suppl/ OU http://www.erc.edu/ . As diretrizes apresentam algumas pequenas diferenças nas recomendações finais. È importante salientar que se o socorrista não possui conhecimento das novas recomendações, não é errado realizar ressuscitação conforme diretrizes prévias. A seguir são descritas sumariamente as principais alterações promovidas pelo comitê internacional de ressuscitação:
Principais mudanças na RESSUSCITAÇÃO BÁSICA DE ADULTOS:
⇒ A decisão de iniciar manobras de ressuscitção é feita se a vítima estiver
⇒ Socorristas devem ser orientados a posicionar as mãos no meio do peito ao invés
de perderem tempo realizando método do “rebordo costal”.
⇒ As ventilações de resgate devem ser realizadas em um segundo ( ao invés de
dois), com volume suficiente para elevar o tórax.
⇒ A relação compressões:ventilações para RCP básica é de 30:2. ⇒ Programas de acesso público à desfibrilação são recomendados nos locais nos
quais há a expectativa de uso do desfibrilador externo automático (DEA) uma vez a cada dois anos.
Principais mudanças na RESSUSCITAÇÃO AVANÇADA DE ADULTOS:
⇒ Em parada cardíaca pré-hospitalar não presenciada por socorristas, realizar 2
minutos de RCP básica (5 ciclos 30:2) previamente à desfibrilação. Não postergar a desfibrilação se PCR intra-hospitalar.
⇒ A fibrilação ventricular/taquicardia ventricular sem pulso deve ser tratada
inicialmente com um choque de 360 J monofásico ou 200 J bifásico (se você não sabe qual tipo da forma de onda de energia aplicada pelo “seu” desfibrilador, selecione a energia recomendada pelo fabricante ou então inicie com a maior carga)
⇒ Inicie RCP básica imediatamente após os choques. Não verifique o pulso ou
avalie ritmo. Após 2 minutos de RCP (5 ciclos 30:2) reavalie o ritmo e aplique choque se indicado.
⇒ Se houver dúvida no diagnóstico entre fibrilação ventricular fina ou assistolia,
não tente desfibrilçao, continue com RCP básica.
⇒ Adrenalina deve ser administrada se persistir com ritmo FV/TV após o primeiro
ou segundo choque. Após repetir 1 mg a cada 3-5 minutos.
⇒ Nos ritmos de AESP(atividade elétrica sem pulso) ou assistolia, iniciar 1 mg de
adrenalina após obtenção de acesso venoso e repetir a cada 3-5min.
⇒ Amiodarona em bolus de 300 mg deve ser administrada se persistir FV/TV após três choques. Pode ser repetido bolus com 150mg se FV/TV refratária ou recorrente, seguida de infusão 900mg em 24 horas.
⇒ Se amiodarona não estiver disponível, administrar lidocaína 1 mg/Kg. Não
⇒ Considerar a administração de trombolítico se a PCR for presumidamente por
TEP suspeito ou comprovado. RCP não é contra-indicação para trombólise. Considerar manter RCP por até 60 a 90 minutos se uso de trombolítico.
⇒ Pacientes adultos em coma após PCR devem ser submetidos a hipotermia leve –
temperatura central de 32 a 34° C por 12 a 24 horas.
⇒ Após obtenção da via aérea definitiva com TOT, realizar vetilações com
freqüência de 8 a 10 por minuto, assincrônicas com as compressões torácicas. Hiperventilação é prejudicial durante a RCP. A ventilação efetiva deve promover uma discreta movimentação do tórax.
Principais mudanças na RESSUSCITAÇÃO BÁSICA DE CRIANÇAS:
⇒ RCP básica de crianças deve ser iniciada com 5 respirações de resgate
continuar com relação compressões-ventilações 30:2 para leigos ou socorrista único. Para RCP com dois ou mais socorristas a relação deve ser 15:2 até a puberdade (Idade não definida. Se a vítima “parecer” criança, realize suporte básico pediátrico.)
⇒ Técnica de compressão torácica para menores que um ano não mudou
(compressão com dois dedos para socorrista único e técnica dos polegares circulando o tórax para dois ou mais socorristas). Acima de um ano a RCP utilizando uma ou ambas mãos deve ser realizada de acordo com a preferência do socorrista.
⇒ Desfibrilador externo automático pode ser utilizado em crianças acima de um
ano. Utilizar com pás adesivas específicas entre 1 e 8 anos.
⇒ Na obstrução de via aérea em criança inconsciente, realizar 5 respirações de
resgate e iniciar compressões torácias se não houver resposta. Não deve ser verificado pulso.
Principais mudanças na RESSUSCITAÇÃO AVANÇADA DE CRIANÇAS:
⇒ Máscara Laríngea é uma alternativa para manejo da via aérea. ⇒ Para desfibrilção utiliza-se 4 J/Kg no primeiro e demais choques. Após o
choque iniciar RCP básica imediatamente e avaliar o ritmo após 2 minutos, chocando novamente se indicado.
⇒ Adrenalina deve ser usada se persistir FV/TV após o segundo choque, na dose
de 10µg/Kg IV ou IO (intra-venosa ou intra-óssea), e repetida a cada 3-5 min. Administrar adrenalina 100µg/Kg pelo TOT somente se outra via indisponível.
⇒ Após retorno da circulação espontânea, as crianças que permanecem em coma
podem se beneficiar de hipotermia leve (temperatua central de32-34º C) por 12 a 24 horas.
⇒ Ressuscitação de neonatos na sala de parto deve ser realizada com O2 100%
sempre que possível. Sucção de mecônio da boca e nariz do RN intra-parto não é recomendada. As primeiras ventilações devem ser realizadas com insuflação por 2 a 3 segundos, para melhorar expansão pulmonar.
SUMÁRIO DAS MANOBRAS DE RESSUSCITAÇÃO BÁSICA CRIANÇA CRIANÇA ATÉ UM ANO ATÉ ADOLESCENTE Ativaçao do Vítima irresponsiva. Após 5 ciclos de RCP básica. de Se PCR por asfixia após Para colapso súbito e assistido ativar após Emergência Via aérea Inclinação da cabeça com elevação do queixo. Elevação da mandíbula se suspeita de trauma Respiração Resgate 2 respirações 2 respirações efetivas – 1 segundo cada Ventilação de 10 a 12 por minuto – 12 a 20 por minuto – assincrônicas com as sem assincrônicas com compressões torácicas compressões compressões Ventilaçao na RCP com aérea 08 a 10 por minuto definitiva – TET Obstrução de via “Batidas” aérea por corpo Compressões abdominais estranho compressões torácicas Pulso (<10 seg) Carótida Carótida Braquial Compressões Centro do tórax – entre mamilos Abaixo da linha torácicas dos mamilos Comprimir firme e Duas mãos – uma sobre Duas mãos ou somente Dois dedos (um forte. Dois polegares envolvendo tórax Profundidade 1/2 a 1/3 da profundidade do tórax compressões Freqüência das Aproximadamente 100 por minuto compressões Relação 30:2 – socorrista único compressões- 15:2 – dois ou mais socorristas ventilação
“As interrupções das compressões torácicas devem ser minimisadas durante a ressuscitação” SUPORTE BÁSICO DE VIDA - BLS
Acionar SME:192-SAMU / 777-CTI / 655-UTIP – Trazer DEA
Abrir via aérea – avaliar respiração
Não respira – 2 ventilações 30 compressões/ 2 ventilações até DEA
SAVC – 100 compressões contínuas - 8 a 10 ventilações / min 1 choque –RCP SUPORTE AVANÇADO DE VIDA - ACLS PCREM FV/TV
Algoritmo BLS, Chamar auxílio, RCP (30compr/2vent) Oxigênio - Monitoração Checar ritmo – RITMO CHOCÁVEL? - FVTV
Se FV/TV - Desfibrilar – 1 choque
Corrente bifásica: 120-200 J - Corrente monofásica: 360 J
DEA: conforme especificação - Reiniciar RCP RCP – 5 ciclos * Checar ritmo – RITMO CHOCÁVEL? - FVTV
• Continuar RCP enquanto dá carga ao desfibrilador • Dar 1 choque ( mesma carga anterior) • Reiniciar RCP imediatamente após choque • Vasopressor IV/IO durante RCP antes ou após o choque: -Adrenalina – 1 mg IV/IO repetindo cada 3 a 5 min ou -Vasopressina – 40 UI IV/IO (em vez de 1a - 2a dose de adrenalina) RCP – 5 ciclos * Checar ritmo – RITMO CHOCÁVEL? - FVTV
• Continuar RCP enquanto dá carga ao desfibrilador • Dar 1 choque ( mesma carga anterior) • Reiniciar RCP imediatamente após choque • Antiarrítmicos IV/IO durante RCP antes ou após o choque: - Amiodarona – 300 mg IV/IO; dose adicional de 150 mg IV/IO ou - Lidocaína – 1 – 1,5 mg/Kg (1a dose); 0,5 a 0,75 mg/kg IV/IO – -máximo 3 doses ou 3mg/Kg
- Magnésio - dose de ataque 1-2 gr IV/IO para torsades de pointes RCP – 5 ciclos* Checar ritmo – RITMO CHOCÁVEL? - FVTV RCP/ Ritmo/ Choque– RCP- Ritmo- Carga/ Choque/ Droga - RCP
•Após intubação 100 compr e 8-10 vent/min. Checar ritmo cada 2 min
SUPORTE AVANÇADO DE VIDA - ACLS PCREM AESP-ASSISTOLIA
Algoritmo BLS, Chamar auxílio, RCP Oxigênio - Monitoração AESP - ASSISTOLIA Epinefrina 1 mg IV/IO a cada 3-5 minutos Vasopressina – 40 UI IV/IO ( no lugar da 1a ou 2a Atropina? – 1mg IV/IO cada 3-5 min (até 3 mg)
Durante RCP: procurar fatores contribuintes: •Hipovolemia •Tóxicos •Hipóxia •Tamponamento cardíaco •Hidrogênio–acidose •Tensão no tórax(pneumotórax) •Hipo/Hipercalemia •Trombose coronariana •Hipoglicemia •Trombose pulmonar (embolia) •Hipotermia •Trauma RCP - Ritmo / pulso - RCP - droga - RCP
•Após intubação 100 compressões e 8-10 vemtilações/min.
Gelafundina, Dextrose em Soro, Dextrose em Água, Soro Fisiológico, Lactato de Ringer 500 cc
Soro Fisiológico 100 cc e Dextrose em Água 100 cc
CURRICULUM VITAE Annet Davis-Vogel, R.N., M.S.W., CCRC University of Pennsylvania HIV Prevention Research Division 3535 Market Street, Philadelphia, PA 19104 advogel@mail.med.upenn.edu Description of Skills: Project Director with 11 years experience in all facets of clinical trial research with responsibility for consent forms, specific study procedures, (SSP), monito
TECHNOLOGY, INNOVATION AND IMAGES OF HEALTH AND AGING Background Demographic aging is among the most striking societal changes advanced societies facetoday. It is clear that aging poses social care and public health systems with severechallenges, but also that aging market places ask for changes in current practices oftechnology and innovation. Older adults will become an increasingly importan